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sexta-feira, 25 de abril de 2014

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A INDUSTRIALIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL

A indústria é uma atividade por meio da qual os seres humanos transformam a matéria-prima em produtos semiacabados ou em produtos acabados.
As origens do processo de industrialização remontam ao século XVlll, quando na sua segunda metade, emergem na Inglaterra, grande potência daquele período, uma série de transformações de ordem econômica, política, social e técnica, que convencionou-se chamar de Revolução Industrial.
Quanto a sua evolução histórica da indústria, reconhecemos três estágios fundamentais: o artesanato, a manufatura e a maquinofatura(veja o vídeo)


CLASSIFICAÇÃO DAS INDÚSTRIAS
As indústrias podem ser classificadas com bases em vários critérios, em geral o mais utilizado é o que leva em consideração o tipo e destino do bem produzido:
a)Indústrias de base: são aquelas que produzem bens que dão a base para o funcionamento de outras indústrias, ou seja, as chamadas matérias primas industrias ou insumos industriais, como o aço.
b)Indústrias de bens de capital ou intermediárias: são aquelas que produzem equipamentos necessários para o funcionamento de outras indústrias, como as de máquinas.
c)Indústrias de bens de consumo: são aquelas que produzem bens para o consumidor final, a população comum, elas subdividem-se em:
c.1) Bens duráveis: as que produzem bens para consumo a longo prazo, como automóveis.
c.2) Bens não duráveis: as que produzem bens para consumo em geral imediato, como as de alimentos.
Se levarmos em consideração outros critérios como por exemplo:
1-Maneira de produzir:
a)Indústrias extrativas;
b)Indústrias de processamento ou beneficiamento;
c)Indústria de construção;
d)Indústria de transformação ou manufatureira.
2-Quantidade de matéria prima e energia utilizadas:
a)Indústrias leves;
b)Indústrias pesadas.
3-Tecnologia empregada:
a)Indústrias tradicionais;
b)Indústrias dinâmicas.

OS FATORES LOCACIONAIS
Fatores locacionais devem ser entendidos como as vantagens que um determinado local pode oferecer para a instalação de uma indústria.
Podem ser eles:
- Matéria prima abundante e barata;
- Mão de obra abundante e barata;
- Energia abundante e barata;
- Mercados consumidores;
- Infraestrutura;
- Vias de transporte e comunicações;
- Incentivos fiscais;
- Legislações fiscais, tributárias e ambientais amenas.
Durante a 1ª Revolução industrial as indústrias inglesas se concentraram nas proximidades das bacias carboníferas, o que fez com que ali surgissem importantes cidades industriais, que ganharam o apelido de cidades negras, isso se deu em decorrência do pequeno desenvolvimento em especial dos meios de transporte.
Na 2ª Revolução Industrial do final do século XlX, com o desenvolvimento de novos meios de transporte ( ferrovia) e a utilização de novas fontes de energia ( eletricidade, petróleo, etc.) houve uma maior liberdade na implantação de indústrias que fez com que surgissem novas áreas industriais.
A 3ª Revolução Industrial, também chamada de Revolução tecnocientífica informacional.
Esta por sua vez correspondia aos avanços tecnológicos em especial da informação e dos transportes, representado por invenções como por exemplo Internet, e os aviões supersônicos. Os avanços nesses setores tornaram o mundo menor, encurtaram as distâncias e em alguns casos aniquilaram o espaço em relação ao tempo, como o que vemos com a telefonia, dentre tantos outros exemplos.
Tudo isso gerou e tem gerado transformações colossais no espaço geográfico mundial, as indústrias buscam a inovação, investem em novas tecnologias, em especial naquelas que poupem mão de obra como a robótica, o desemprego estrutural se expande. Antigas regiões industriais entram em decadência com o processo de desconcentração industrial, surgem novas regiões industriais. Surge a fábrica global, que se constitui na estratégia utilizada pelas grandes empresas internacionais de produzir se utilizando das vantagens comparativas que oferecem os variados países do mundo. A terceirização, também torna-se algo comum, como o que ocorre com empresas de calçados como a NIKE, que não tem um único operário em linhas de produção, pois não produz apenas compra de empresas menores.
Fruto também da revolução tecnocientífica informacional, surgem os chamados Técnopolos, locais, que podem ser cidades ou até mesmo bairros onde se instalam empresas de alta tecnologia como uma Microsoft, em geral associadas a instituições de pesquisa como universidades. É o caso do Vale do Silício nos EUA, Tsukuba no Japão, e cidades como Campinas e São Carlos no Brasil.
AS MULTINACIONAIS OU TRANSNACIONAIS
A partir do final do século XlX, começam a surgir os primeiros trustes (modalidade de concentração e centralização do capital), os quais dão origem a empresas multinacionais, que correspondem aquelas que se expandem para além das fronteiras onde surgiram, algumas tornando-se verdadeiras empresas globais, como é o caso da Coca-cola.
A grande arrancada das multinacionais em direção dos países subdesenvolvidos se deu a partir do pós 2ª Guerra mundial, quando várias empresas dos EUA, Europa e Japão, passaram a se aproveitar das vantagens locacionais oferecidas por esses países.
Hoje a presença de multinacionais já faz parte do cotidiano de milhões de pessoas no mundo todo, elas comandam os fluxos internacionais, e em alguns casos chegam a administrar receitas muito superiores a de vários países do mundo.
As maiores multinacionais do mundo são dos EUA, seguidas de japonesas e européias. Empresas desse tipo surgidas em países do mundo subdesenvolvido ainda são poucas, e não tão poderosas como dos primeiros.
No Brasil, a chegada delas se deu, principalmente a partir do governo de JK, que abriu a economia nacional ao capital internacional proporcionando grande internacionalização da economia, por outro lado também beneficiou multinacionais como por exemplo na opção pela via rodoviarista de transportes para o Brasil, que naquele momento atraiu várias multinacionais produtoras de automóveis, mas que condenou os brasileiros a pagarem os custos mais elevados desse tipo de transporte.
Hoje a presença delas no Brasil é muito intensa e numerosa, elas sendo responsáveis por grande parte da drenagem de capitais que saem do país através das remessas de lucros.

MODELOS PRODUTIVOS
(Da Segunda revolução industrial à revolução Técnico-científica).
TAYLORISMO
- Separação do trabalho por tarefas e níveis hierárquicos.
- Racionalização da produção.
- Controle do tempo.
- Estabelecimento de níveis mínimos de produtividade.
FORDISMO
- Produção e consumo em massa.
- Extrema especialização do trabalho.
- Rígida padronização da produção.
- Linha de montagem.
PÓS-FORDISMO
- Estratégias de produção e consumo em escala planetária.
- Valorização da pesquisa científica.
- Desenvolvimento de novas tecnologias.
- Flexibilização dos contratos de trabalho.

sábado, 26 de março de 2011

A importância das atividades econômicas na Formção Territorial do Brasil

As atividades econômicas foram fator essencial para a expansão territorial brasileira. Nossa economia colonial ( 1500- 1822) girava em torno da produção de gêneros primários voltados, em sua maior parte, á exportação e ás necessidades da metrópole portuguesa.

Atividades econômicas do período colonial.

No século XVI- a exploração do pau- brasil era o motor da economia. Nos séculos seguintes, a própria escassez de tal recurso fez gerar novos interesses aos portugueses.
No século seguinte já se tinha um território muito maior e com atividades econômicas mais diversificadas como, o cultivo da cana-de-açúcar, inicio de atividades pecuárias.
Em meados de 1740 a 1750 já no século XVIII, a atividade mineradora, ou seja, a extração de recursos minerais, do solo brasileiro já se destacavam entre os portugueses, e nesse momento o território também já se apresenta basicamente com sua forma atual.

Arquipélago econômico

Normalmente dizemos que o desenvolvimento do território brasileiro se deu em forma de arquipélagos (ilhas). Pois a medida que se mudavam as atividades econômicas algumas cidades surgiram , associadas as atividades econômicas em si, e as vezes muito distante umas das outras.
Então podemos deduzir que a expansão de nosso território ocorre de forma desigual,e não existe articulação entre as áreas.

A integração Nacional

Até 1930, as principais atividades econômicas desenvolvidas no Brasil – canavieira, mineradora e cafeeira – destinavam-se ao mercado externo. A partir daí teve início um processo que se voltou para o abastecimento do mercado interno. Retomando a idéia de que “o Brasil não é só litoral”. A integração econômica territorial do Brasil ou a organização de um espaço nacional interligado só ocorreu de fato com a industrialização, iniciada na década de 1930 e consolidada a partir da década de 1950.

A formação do território brasileiro

Durante todo o século XVI, a ocupação portuguesa no Brasil colônia teve um caráter periférico, litorâneo. As poucas cidades e vilas do período, assim como todas as áreas agrícolas, estão nas proximidades do oceano Atlântico, a via de comunicação com a metrópole.
A extensão territorial da colônia era delimitada pelo Tratado de Tordesilhas, que acabou ficando apenas no papel, pois nos séculos XVII e XVIII os portugueses aventuraram-se além de seus limites e foram necessários novos acordos e tratados, como o Tratado de Madri (1750) e o Tratado de Santo Ildefonso (1777), além de outros, que expandiram os domínios portugueses em detrimento dos espanhóis. (...)
Durante os séculos XVII e XVIII, ocorreu um maior povoamento do interior, com as bandeiras, a mineração, a penetração pelo vale do rio Amazonas e a expansão da pecuária no Vale do São Francisco e no sertão do Nordeste. Mas a maioria da população continuou próxima ao litoral, ocorrendo de fato a formação de "ilhas" de povoamento no interior. Algumas dessas "ilhas" duraram pouco tempo, esvaziando-se depois - como ocorreu na região das minas após o esgotamento das jazidas de ouro e diamantes.
A expansão territorial nesse período foi notável: no início do século XIX, na época da Independência (1822), a área do território brasileiro já se e aproximava do tamanho atual, faltando apenas alguns acertos que ocorreram, no século XIX e início do século XX, no sul, com o Uruguai e o Paraguai, e no norte e oeste, com a Bolívia, o Peru e a Guiana Francesa.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Fusos Horários

O sentido do movimento de rotação da terra é feito de oeste para leste. Para realizar o movimento de rotação, isto é, para dar uma volta completa em torno da circunferência equatorial, gastam-se em torno de 24 horas. Assim, tem-se : 360°/24h = 15°, fato que significa que cada hora do planeta se acha situada em faixa de 15°. Devido ao movimento de rotação, as horas aumentam para leste e diminuem para oeste. Portanto os fusos horários são linhas imaginárias que dividem o Planeta em 24 faixas iguais, de forma que cada divisão tenha 15º de longitude (que correspondem ao ângulo que a Terra gira em uma hora) de uma faixa a outra, contados a partir de um meridiano inicial e corresponda à uma hora. Tais faixas foram regulamentadas em 1884, numa conferência astronômica nos EUA.
O primeiro fuso horário é estabelecido a partir do meridiano de GREENWICH. Isto é, delimita-se 7° 30’ a leste e a oeste do meridiano de origem e obtém-se o primeiro fuso a partir dele basta ir acrescentando 15° a leste e a oeste, dando um total de 180° (12 horas ) para cada hemisfério.
MANEIRA DE ESTABELECER OS FUSOS HORÁRIOS
No meridiano de 180° tem-se o anti-meridiano de Greenwich, confundido com a linha internacional de mudança de data.
Para determinar a hora:
· Estabelece-se a diferença de longitude entre dois lugares, ou seja, a cidade que se conhece e aquela que se quer conhecer a hora.
· Somam-se as longitudes se forem de hemisférios opostos.
· Subtraem-se as longitudes quando estiverem no mesmo hemisfério.
· O resultado da soma ou subtração deve ser dividido por 15°.
· O resultado da divisão será a diferença horária, que deverá ser subtraída caso o local encontra-se a oeste ou somada se estiver a leste.

Problema demonstrativo:

Numa cidade A situada na porção ocidental a 60° de longitude oeste são 3 horas, qual o horário corresponde para uma cidade B situada a 30° longitude leste?
Cidade A = 60° long. Oeste são 3 horas
Cidade B = 30° long. Leste ____ horas ?
60°+30°= 90°/15° = 6h diferença horária
3h - horário da cidade A
+6h diferença horária entre as cidades A e B
9h - horário da cidade B

FUSOS HORÁRIOS DO BRASIL

Devido a grande extensão do Brasil no sentido leste- oeste, três fusos cortam o nosso território. Todos atrasados em relação ao meridiano de GREENWICH.


Fuso: 1Hora em relação a Greenwich: -2h Hora em relação a Brasília: +1h O que abrange: As ilhas oceânicas brasileiras

Fuso: 2° Hora em relação a Greenwich: -3h Hora em relação a Brasília: a mesma O que abrange: Amapá, Goiás, Tocantins, Distrito Federal e Pará ; todos os estados das regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Este é o fuso oficial do Brasil.

Fuso: 3° Hora em relação a Greenwich: -4h Hora em relação a Brasília: -1h O que abrange: Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Acre


Atividade de Pesquisa

1. Com adoção do sistema internacional de horas – Sistema de Fusos Horários – os países de grande dimensão longitudinal passaram a contar com vários horários diferentes. Explique.

a) Como era no mundo as horas antes da definição do sistema de fusos de horários.

b) A importância do sistema de horas, em escala mundial.

c) A utilização do sistema de horas para o comércio, transportes e comunicações. Use exemplo de seu cotidiano.

d) O que compreende sobre a definição de fuso de horário.

e) Explique em que consiste a linha internacional da data.

2. Sobre os fusos horários do Brasil .

a) Caracterize o território brasileiro quanto a sua localização geográfica.

b) Justifique a razão de existirem horas diferentes no Brasil.

terça-feira, 23 de março de 2010

Conceitos Básicos de Geografia


A geografia pede um pouco do seu valor como ciência, quando muitas vezes não entendemos conceitos básicos a qual serão de grande importancia para um aprofundamento dessa ciência.
Por isso destacamos alguns conceitos básicos de geografia para uma compreensão do homem no espaço.

Espaço

Conjunto do qual participam tanto elementos naturais como a ação de toda humanidade, ou seja, todas as atividades e as relações sociais e cotidianas.

Outros conceitos de Espaço Geográfico:
“espaço geográfico é a união dos elementos físicos e culturais da paisagem” (Prof. Roberto Lobato)
“espaço geográfico é a natureza socializada, pois, muitos fenômenos apresentados como se fossem naturais, são, de fato, sociais” (Prof. Milton Santos)

Paisagem
A paisagem é definida como tudo que é possível de se ver num lance de vista.

Lugar
Base da reprodução da vida (vivência afetiva) e pode ser analisado pela tríade habitante-identidade-lugar. O “não-lugar” são lugares de passagem, como aeroportos, estradas, supermercados, local de trabalho etc., não existindo uma relação ou mesmo uma identidade com o individuo.

Território
Esta ligado ao poder, dominação e conquista. O território é todo espaço definido e delimitado por e a partir de relações de poder, podendo ser contíguo ou fragmentado, variando de um quarteirão dominado por uma quadrilha de traficantes e/ou até um bloco constituído pelos paises membros da OTAN.

Região
Deve ser compreendida como uma área do espaço vivida que é definida pelo senso comum numa área onde se vivenciam as características próprias de organização social, econômica e cultural. Trata-se de um espaço socialmente criado que se diferencia dos espaços vizinhos pelas suas histórias e conhecimento acumulados.